domingo, 22 de julho de 2007

O QUE É A MAÇONARIA

I -Introdução:
A presente monografia tem como objetivo apresentar idéias adquiridas por meio de pesquisa bibliográfica sobre assunto no qual o autor é um simples neófito. Esse neófito que vos escreve interessou-se pelo estudo metódico sobre a ordem desde 1997 da EV quando seu paciente, então Grão-Mestre Geral (Soberano) Francisco Murilo Pinto convidou-o a uma sessão branca. Muitas perguntas surgiram, como se subitamente despertasse para um mundo que ali sempre esteve, porém velado. Encontrei e observei muitos maçons nesse caminho. Acredito que nada seja por acaso e tudo tem seu tempo certo, minha pesquisa incessante tem respondido apenas a apenas algumas dessas dúvidas. Porém nada se comparou à experiência surgida após a iniciação no ano de 2002 da EV, proporcionada pelo convite irrecusável de um irmão de caráter, idoneidade e retidão ímpar. Os caminhos que se abriram após a iniciação são inúmeros e tendem ao infinito como retas paralelas. Nasci para um mundo novo, evolui para nova dimensão do conhecimento, mas o caminho é longo. Certamente meu entendimento sobre a Ordem melhorou, mas ainda é escasso. Tento apresentar o que aprendi até então, porém como um recém-nascido, que não consegue distinguir muito bem o universo que o cerca.

II-Desenvolvimento:

Pode-se depreender muito da Constituição do Grande Oriente do Brasil em seu Título I: Da Maçonaria e seus Princípios, Capítulo I Dos princípios gerais da Maçonaria e dos postulados universais da Instituição. Em seu artigo primeiro declara ser instituição iniciática, filosófica, filantrópica, progressista e evolucionista. Pelo exposto nesse item pode-se inferir que a Maçonaria é uma sociedade discreta, na qual homens livres e de bons costumes, denominando-se mutuamente de irmãos, cultuam a Liberdade, a Fraternidade e a Igualdade entre os homens. Seus princípios são a Tolerância, a Filantropia e a Justiça. Seu caráter secreto pode ser relacionado a perseguições, intolerância e falta de
liberdade demonstrada pelos regimes reinantes em diversas épocas da Humanidade. Hoje, com os ventos democráticos, os Maçons preferem manter-se dentro de uma discreta situação, espalhando-se por todos os países do mundo.
Ainda no artigo primeiro, parágrafo I: condena a exploração do Homem, os privilégios e regalias, enaltecendo, porém o mérito da inteligência e da virtude, bem como o valor demonstrado na prestação de serviços à Ordem, à Pátria, e à Humanidade. Sendo uma sociedade iniciática, seus membros são aceitos por
convite expresso e integrados à irmandade universal por uma cerimônia denominada "iniciação". Essa forma de ingresso repete-se, através dos séculos, inalterada e possui um belíssimo conteúdo, que obriga o iniciando a meditar profundamente sobre os princípios filosóficos que sempre inquietaram a humanidade. O neófito ingressa na Ordem no grau de Aprendiz. Ao receber instruções e ensinamentos, galga ao grau de Companheiro e após período de estudos, chega ao grau máximo do Simbolismo, ou seja, o Grau de Mestre Maçom.
Não há dados que marquem com precisão a origem da Maçonaria, existem muitas versões, histórias e lendas a respeito do começo da sociedade maçônica. Há quem afirme que é uma inspiração transmitida por intuição ao homem, vinda da Fonte inesgotável de sabedoria (RIBEIRO, 2000).
Os outros dez parágrafos do artigo primeiro são também muito importantes como o segundo sobre a incompatibilidade do sectarismo político, religioso ou racial com o espírito maçônico; o terceiro sobre a liberdade, igualdade de direitos e tolerância; o quarto sobre a liberdade de expressão; o quinto sobre o trabalho como dever social e direito inalienável; o sexto sobre a fraternidade entre maçons independente de raças, nacionalidades, convicções ou crenças; o sétimo sobre o dever do maçom quanto ao amor á família, fidelidade e devotamento à Pátria e obediência à lei; o oitavo determinando liberalização dos laços fraternais para todos os homens; o nono recomendando divulgação da doutrina somente pelo exemplo e palavra e décimo adotando sinais e emblemas utilizados nas oficinas de trabalho.
Do artigo segundo e seus nove parágrafos depreende-se que os Maçons reúnem-se em um local ao qual denominam de Loja e dentro dela praticam seus rituais. Estes são dirigidos por um Mestre Maçom experimentado, conhecido por Venerável Mestre. Suas cerimônias são sempre realizadas em honra e homenagem a Deus, denominado Grande Arquiteto do Universo. Seus ensinamentos são transmitidos através de símbolos dando assim um conhecimento hermenêutico profundo e adequado ao nível intelectual de cada indivíduo. Os símbolos são retirados das primeiras organizações Maçônicas, dos antigos mestres construtores de catedrais. "Maçom" em francês significa pedreiro. Devido a esse fato encontramos réguas, compassos, esquadros, prumos, cinzéis e outros artefatos de uso da Arte Real, ou seja, instrumentos usados pelos mestres construtores de catedrais e castelos, que são utilizados para transmitir ensinamentos. Por possuir um conhecimento eclético, a Maçonaria busca nas
mais diversas vertentes suas verdades e experiências, dando um caráter universal a sua doutrina.
A Maçonaria não é religião, pois o objetivo fundamental de toda sociedade religiosa é o culto à divindade. Porém, parece ser objetivo da Ordem Maçônica
aproximar o Homem de Deus e servi-Lo como seu instrumento na terra. Cada Loja possui independência em relação às outras Lojas da jurisdição, mas estão ligadas a uma Grande Loja ou Grande Oriente, sendo estes soberanos. Cada Grande Loja ou Grande Oriente denomina-se de "potência". Essa é uma divisão puramente administrativa, pois as regras, normas e leis máximas, denominadas"Landmarks", são comuns a todos os Maçons. Um dos Landmarks básicos da Ordem é que o homem, para ser aceito, deve acreditar em princípio criador, independente de sua religião. Seus integrantes professam as mais diversas religiões. Como no Brasil a grande maioria dos brasileiros são cristãos, adota-se a Bíblia.
Há, no entanto, um outro Templo que a Maçonaria se propõe construir, que não o material acima citado, mas filosófico, que é o Templo à Virtude. A virtude aqui colocada como um hábito de proceder bem, ou moralidade, como as faculdades de inteligência e vontade. A moralidade por sua vez tem uma ordem natural e outra sobrenatural. As virtudes de ordem natural, ou cardeais são: Prudência, Justiça, Fortaleza e Temperança. As outras giram em torno dessas quatro. As sobrenaturais ou teologais são: a fé, esperança e caridade. Parece ser essa a seara maçônica, ao postular o trabalho na pedra bruta.

III- Conclusão:

Após a iniciação nasci para um mundo novo, recebi a luz! Nas noites que se seguiram, até hoje, medito sobre o real significado de ser maçom, suas responsabilidades com o grupo, instituição e humanidade. Aprendi a confiar na mão do Irmão que me guiou na Iniciação, fundamento desses meus primeiros passos, como no salmo 133. A Maçonaria é projeto sublime realizado por homens. É impossível separar espírito humano de seus defeitos. Mesmo realizada por mãos imperfeitas a obra tem sido excelente ao longo dos séculos. Espero poder estar à altura de ajudar a polir e assentar mais uma pedra a essa obra.

Que o nosso G\A\D\U\ a todos ilumine e guarde.


IV- Bibliografia Consultada:

BACELAR, M.L. Os 33 graus do Rito Escocês Antigo e Aceito, Ed. Mandarino, 1980.
CASTELLANI, J. Cartilha do Aprendiz, Ed. Maç A Trolha, 2001.
CASTELLANI, J. Dicionário Etimológico Maçônico, Ed. Maç A Trolha, 1993
CASTELLET, A.V. O que é a Maçonaria, Ed. Madras, 1997.
COCUZZA, F. A Maçonaria na Evolução da Humanidade, Ícone Ed., 1994.
CORTEZ, J.R.P. Fundamentos da Maçonaria, Ed. Madras, 2001.
Constituição do Grande Oriente do Brasil, 2001.
FONTAINE, P. A Verdade sobre a Maçonaria Ed Mandala, 1995.
IMBRAPEM Encontro Nacional, volume 2, Ed. Maç A Trolha, 2001.
LEADBEATER, C.W. Pequena História da Maçonaria, Ed. Pensamento, 1997
PIRES, J.S. Um Estudo Ritualístico de Primeiro Grau, Ed. Maç A Trolha, 2003.
RIBEIRO, W. Maçonaria para Leigos e Maçons, Ed. Master Book, 2000.

Sites consultados:
www.maconariadobrasil.org.br/Default/o_que_e_maconaria/oque_maconaria_principal.htm, em 22/3/2003.
www.glmasons-mass.org/Grand_Lodge/library/library.htm, em 20/3/2003.
www.zen-it.com, em 19/3/2003.

3 comentários:

Unknown disse...

vai se fode fila da putas

MMOBrasil disse...

Não precisa falar em código, agente sabe que GADU é Grande arquiteto do Universo

Rosa Torres disse...

OBRIGADA POR RELEMBRAR E ATIVAR VALORES UNIVERSAIS QUE NOS ELEVAM DA CATEGORIA MERAMENTE ANIMAL A SERES HUMANOS.