domingo, 22 de julho de 2007

DUQUE DE CAXIAS

BICENTENARIO DE NASCIMENTO

DE

DUQUE DE CAXIAS



Patrono do exercito brasileiro e Grão-Mestre de Honra do Grande Oriente do Brasil, Luiz Alves de Lima e Silva nasceu na Fazenda Taquaruçu, Porto de Estrela, hoje município de Caxias – na Província do Rio de janeiro, no dia de São Luis, 25 de agosto de 1803, numa família de militares.
Neto, filho e irmão de militares, logo aos cinco anos.a 22 de novembro de 1808, era reconhecido cadete, segundo o costume da época, nas famílias militares. Aos 14 anos, entrou para o serviço efetivo do Exercito e, um ano depois, já era alferes, tendo sido transferido para a Academia Real Militar, que fora criada em 1814, pelo príncipe regente D João, o futuro D João VI, de Portugal.
A 2 de janeiro de 1821 era promovido a tenente e em dezembro do mesmo ano, concluía o curso de oficial, incorporando-se ao Primeiro Batalhão de Fuzileiros.
Em 1822 ocorria a Independência do Brasil e a reação portuguesa, na Bahia. Era então, chamado a enfrenta esta reação, incorporando-se ao recém criado Batalhão do Imperador, sob o comando de seu tio Jose Joaquim de Lima e silva, recebendo seu batismo de fogo, quando, num ataque frontal, conquistava uma posição fortificada a 28 de março de 1923. Em julho do mesmo ano, com o termino da refrega ele voltava ao RJ, coberto de glória, sendo promovido a capitão.
Em 1924, com apenas 21 anos de idade recebia do Imperador D Pedro I, a Imperial Ordem do Cruzeiro. Em 1825 partia, para servir na Guerra da Cisplatina, que se estendeu até 1828, tendo sido citado por bravura, três vezes, promovido a major e recebido comendas da Ordem de São Bento de Avis e Hábito de Rosa.
Após a abdicação de D Pedro I, a 7 de abril de 1831 ele era encarregado pelo Ministro da Justiça (que foi maçom) de organizar uma unidade de 400 oficiais, o Batalhão Sagrado, para manter a ordem e evitar a anarquia, competindo também a ele, organizar a Guarda Municipal Permanente, hoje Policia Militar, que a 3 de abril de 1832, derrotaria as forças do Major Miguel Frias de Vasconcelos, que sublevara seus companheiros de prisão, na Fortaleza de Villegaignon, pretendendo derrubar a regência.
A 2 de fevereiro de 1833, o Major Lima e Silva se casava com Ana Luisa, na Igreja da Candelária, no RJ. Em 1837 era promovido a Tenente Coronel e em 1839, seguia-se para o RS, sacudido pela Revolução Farroupilha, em viagem de inspeção, como conselheiro militar, na comitiva do Ministro da Guerra, Sebastião de Rego Barros. Ao voltar ao RJ, ele recebia do Regente Araujo Lima, que sucedera Feijó, a oferta para comandar as forças do Sul, ele se recusaria a isso, porém, porque era tenente coronel e havia muitos generais na região.O rígido respeito à hierarquia seria uma tônica em sua vida.
Ainda em 1839 era nomeado presidente e comandante geral das forças militares do Maranhão, para por fim à rebelião conhecida por “a balaiada”, que tinha esse nome, por ser liderada pelo fabricante de balaios Manoel Francisco dos Anjos Ferreira, que se opunha o governo provincial. A 4 de fevereiro de 1840 ele chegava a São Luis e em março libertava a cidade de Caxias, dando por encerrada a sua missão, em janeiro de 1841, com o esmagamento da revolta e a anistia a cerca de 12 mil rebeldes.
A 13 de maio do mesmo ano, retornava ao RJ, sendo a 18 de julho, promovido a general-brigadeiro. Na mesma época, recebia o título de Barão de Caxias, referência à cidade em que derrotara os balaios.
A 21 de março de 1842 era nomeado comandante da Armas da Corte, ao tempo em que irrompia a Revolução Liberal, em SP e MG, tendo Feijó como um de seus líderes.
A 17 de maio, Caxias era nomeado comandante-chefe das forças em São Paulo e vice-presidente da Província. A tomada de Sorocaba, a 20 de junho, e o cerco a Santa Luzia, a 20 de agosto, decidiram a sorte dos revoltosos. A essa altura dos acontecimentos, já era maçom, época em que permaneceu mais tempo sediado no RJ.
Em setembro de 1842 reassumia o Comando das Armas da Corte, sendo cognominado o Pacificador, pois já pacificara três províncias, restando apenas a do RS. Mas já a 9 de novembro de 1842, ele era nomeado Comandante de Armas e Presidente dessa Província, para acabar com a Revolução Farroupilha – ou Guerra dos Farrapos – o que conseguia somente dois anos após, em janeiro de 1845, completando a obra pacificada e garantindo a unidade nacional. Era, então, promovido a marechal-de-campo, agraciado com o título de Conde e indicado para o Senado.
Em 1852, partiria novamente para o sul, para participar da Campanha contra Oribe e Rosas, encerrando sua missão a 4 de junho de 1852. A26 de julho ele recebia o título de Marquês. Em 1855 era convidado a ocupar a pasta da Guerra, no Gabinete presidido pelo Marques do Paraná (maçom). Após o falecimento deste, ele era indicado para a presidência do conselho de Ministros, anos depois, em 1861 a 1862, voltaria a ocupar a chefia do Gabinete conservador.
Em 1865 ao se iniciar a Guerra do Paraguai, Caxias era mantido fora da luta, já que o gabinete Liberal, presidido por Zacarias de Goes, não simpatizava com a sua posição política conservadora. Todavia a 10 de outubro de 1866, com o general Osório (maçom,) ferido e fora de combate e diante do rumo que tomava a guerra, Zacarias rendia-se a evidencia e nomeava Caxias para a chefia das tropas brasileiras.
Assim, em 22 de julho de 1867, com 64 anos de idade ele reiniciava sua luta, reorganizando o Exercito combalido Começavam então, a partir daí a surgir vitórias Tuiu-Guê, Membuci, Potrero Obella, Taq e Humaitá. Todavia, sentindo que lhe faltava apoio moral do governo, ele apresentava seu pedido de exoneração, após a passagem de Humaitá. O Conselho de Estado, porém, acabaria optando pela retirada do ministério liberal, prestigiando a Caxias, que fortalecido, prosseguia numa série de vitórias – Itororó, Avaí e Lomas Valentias – até a entrada triunfal em Assumpção, a 5 de janeiro de 1869.
Retornando ao RJ era coberto de honrarias e medalhas, sendo agraciado com o título de Duque, o mais alto de toda hierarquia da nobreza, abaixo apenas da Realeza (foi o único Duque da história do Brasil Imperial).
A 25 de junho de 1875 o imperador D Pedro II o nomeava Presidente do Conselho de ministros, para, mais uma vez, pacificar a nação ao fim da tormentosa questão religiosa. Dois anos depois, ele deixava o ministério, retirando-se para a fazenda de seu genro, barão de Santa Mônica, aonde viria a falecer, 20:30 hs do dia 7 de maio de 1880.
Foi iniciado Maçom, provavelmente em 1841, numa das Lojas do Grande Oriente Brasileiro, no RJ. Depois do período de inatividade da Maçonaria brasileira, forçado pelo fechamento do Grande Oriente Brasílico (25 outubro de 1822), a Maçonaria ressurgia, em 1830 com a criação do Grande Oriente Nacional Brasileiro, que só foi instalado a 14 de junho de 1831, apenas como Grande Oriente Brasileiro, que se tornou mais conhecido, historicamente, como Grande Oriente de Passeio, em alusão ao local em que se instalou, no RJ, depois de ficar algum tempo na rua Santo Antonio, desaparecendo no início dos anos 60. No mesmo ano de 1831, em outubro, os remanescentes do primeiro Grande Oriente reuniram-se e reinstalaram as três Lojas que o haviam fundado: Comércio e Artes, União e Tranqüilidade e Esperança de Niterói, para a, 23 de novembro reinstalar, sob o título de Grande Oriente do Brasil, o Grande Oriente Brasílico de 1822.
Em 1832 era fundado o Supremo Conselho para o Império do Brasil do REAA, por Francisco GÊ Acayaba de Montezuma, (originalmente Francisco Gomes Brandão); era uma obediência autônoma a qual, inclusive, criava suas próprias Lojas.Em 1835, Montezuma era demitidos do cargo de Soberano Grande Comendador e excluído do Supremo Conselho, por sua truculência e malversação dos metais da Obediência, sendo substituído por José Bonifácio de Andrada e Silva. Com a morte deste, em 1838, assumiria o cargo de seu irmão Antonio Carlos Ribeiro de Andrada Machado e Silva.Em 1840, a 1 de dezembro – e esse é um fato importante para o Supremo Conselho e para Caxias – tornava-se o Soberano Grande Comendador o conde – depois marques – de Lages , João Vieira de Carvalho.
Nessa época o Grande Oriente de Passeio começava a conhecer um período de declínio, o que faria perder diversas lojas para o Grande Oriente de Brasil. Esse fato o teria levado a uma maior aproximação, com o supremo conselho, que também estava em fase de declínio, o que precipitaria a fusão entre as duas obediências, acontecia a 5 de dezembro de 1842, quando o supremo.
Conselho ratificava o texto do tratado apresentado pelo Passeio, a 4 de novembro. Depois de uma época de marasmo e sem grandes perturbações, as duas Obediências então fundidas, iriam conhecer uma fase de grande agitação, a qual seria iniciada em 1846, com uma série de defecção em suas fileiras: o Grão Mestre Candido José de Araújo Viana, futuro visconde e marques de Sapucaí, deixava o cargo e, com diversos outro membro, proeminentes do supremo conselho, filiava-se ao Grande Oriente do Brasil, em vista do movimento subterrâneo, liderado pelo Grande Secretário do Passeio Brito Sanches, para empalmar o poder, com o apoio ou conivência de membros do Supremo conselho. Araújo Lima foi substituído pelo Senador Manoel Alves Branco, que entraria em choque com o supremo Conselho, chegando a fundar outra Oficina chefe do rito, irregular, em janeiro de 1847.
Diante de tais fatos, o conde de Lages, já doente e sem condições de enfrentar essa dura batalha, entregava a direção do supremo conselho a Luis Alves de Lima e silva, então conde de Caxias, o qual, pelo prestígio que já desfrutava era, certamente, o único capaz de salvar a obediência, tirando-a Ada crítica situação. Assumindo, Caxias, imediatamente, declarava independente o supremo conselho, saindo da sede do |Passeio e mantendo o título que a obediência tinha, desde a fusão: Muito poderoso Conselho do REAA do GOB. Tornava-se ele, assim, Grão Mestre desse Grande Oriente, que passaria à história como “Grande Oriente de Caxias”, o qual iria criar diversas lojas importantes, entre as quais a tradicional Loja Piratininga, da província de São Paulo. Caxias, todavia, devido a sua intensa vida política militar, pouco podia se dedicar à obediência maçônica, que era bastante frágil, o que fez com que ele começasse a planejar sua fusão com o Grande Oriente do Brasil, que era o círculo maçônico de maior proeminência. Em julho de 1849, ele encarregava João Francisco Tavares Carvalho, membro proeminente da obediência, de proceder aos estudos necessários para a planejada fusão. Mesmo arquitetando a fusão, não deixava Caxias de criar novas lojas simbólicas, pois além da já citada Piratininga, foram criadas, também na província de SP, as Lojas Firmeza, em Itapetininga e a Fraternidade, de Santos, em 1852 e 1853, respectivamente.
Com o prosseguimento dos entendimentos com o GM do GOB, o visconde e futuro marques de Abrantes, foi incluída, na Constituição do GOB, a 15 de setembro de 1852, a clausula que previa a incorporação do Supremo conselho a um mandado de cinco anos par a Alta Administração da Obediência.
Essa constituição, porém, iria provocar uma grande crise no GO. Ela substituía a constituição de 1842, que era muito liberal e atrativa para os que desejassem solicitar filiação do GOB e que trouxera, para este, muitos refugos do GOP, os quais criariam, depois, muitos problemas. Um dos problemas que aconteceu quando a Carta Magna de 1852 colocou fim a liberalidade, que permitia que o GO fosse tomado de assalto por elementos perniciosos: os interessados rebelaram-se criando o GO Revolucionário, o que provocou o imediato pedido de demissão do visconde de Abrantes e do dois GM Adjunto, João Pereira Faro, barão do Rio Bonito, passando, o GOB a ser dirigido, interinamente por Manoel Joaquim Menezes. Como, todavia, a maioria das lojas não aceitou a situação, os lideres da revolta acabaram ficando numa situação insustentável, a ponto de terem de solicitar a volta de Abrantes, o qual, esquecendo-se de todas as ofensas que recebera dos revoltosos e no intuito de salvar o GO de uma situação caótica, concordou em voltar, sendo reempossado em 5 de novembro de 1853. E a instalação oficial, do Supremo conselho, trazido com a incorporação do GO de Caxias, acontecia em 1854, sendo ratificada pela constituição de fevereiro de 1855, que substituía da de 1852. Essa carta magna, entre outras coisas, separou os ritos, destacando o REAA com a afetiva incorporação do legítimo Supremo conselho de Caxias. Os outros dois ritos praticados no Brasil na época – moderno e adoniramita – que ainda continuava a fazer parte do Grande Colégio de Ritos, reorganizado por Manoel Joaquim Menezes, em 1842, foram acomodados, com a extinção do Grande Colégio, no Sublime Grande Capítulo dos Ritos Azuis, cujo regulamento geral seria aprovado a sete de maiom1 858.
Não desejando Caxias continuar no cargo de Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho, este passou a ser exercido pelo GM, assim se mantendo numa situação que, posteriormente, seria considerada irregular e condenada pela Conferência de Supremos conselhos, em Lausanne, em 1922. Mas continuou com um dos baluartes do Supremo conselho: vinte anos de pois, em 1874, ainda era o quarto, na hierarquia da obediência, tendo à sua frente, apenas os dignitários do GOB: O Grão Mestre e Conselheiro de Estado, visconde do Rio Branco, o Conselheiro de Guerra, barão de Angra e o Conselheiro Joaquim Marcelino de Brito.

2 comentários:

rock disse...

ficaria enormemente agradecido se eu recebesse um convite para comungar numa reunião aberta ao publico, moro em Duque de Caxias, ficaria totalmente grato, me chamo Rafael.

Unknown disse...

Eu queria muito ser da maconaria como eu fasso pra entra ae. Meu numero
021 992952667