domingo, 22 de julho de 2007

As Ferramentas

As Ferramentas do Grau de Aprendiz



Introdução


Quem é o aprendiz? O aprendiz é a pedra bruta que foi escolhida na pedreira para ser desbastada e se tornar uma pedra de forma cúbica. A pedra bruta representa a natureza humana no estado primitivo, ainda bruta, rude, rústica, não trabalhada, imperfeita e cheia de arestas. É a imagem do homem sem introdução, com defeitos, vícios e paixões.

O aprendiz é simbolicamente comparado à pedra bruta antes de ser instruído nos mistérios maçônicos, devendo estudar para adquirir o simbolismo do seu grau, sua aplicação e interpretação filosófica. Deverá trabalhar constantemente para aperfeiçoar-se assimilando novos conhecimentos e conseqüentemente buscando auto conhecer-se, aparando as arestas do seu espírito.

Como maçom, desvencilhando-se dos defeitos e paixões, para tornar-se pedra cúbica ou polida e concorrer à construção moral da humanidade que é a verdadeira obra da maçonaria. Quando conseguir desbastar a pedra bruta, o aprendiz terá vencido a primeira batalha da sua carreira templária, vencendo a si mesmo e desfraldando a bandeira de sua evolução interior sem perder de vista aquele fosco pedaço de granito e com o fito de diminuir as suas imperfeições, o neófito se propõe a descobrir, de vez, seus defeitos, suas fraquezas seus deslizes e suas vaidades.

Identifica-se, então, com o período de lapidação do seu ego, adaptando-se melhor aos costumes observados nas reuniões de seus irmãos e vai tornando-se mais puro e mais apto para pugnar pela felicidade do gênero humano. É para realizar esta tarefa que ele trabalha com as ferramentas do aprendiz.



As Ferramentas


As ferramentas do aprendiz são três:
O esquadro, o maço e o cinzel.

O esquadro serve para verificar a exatidão dos ângulos retos da pedra cúbica. Além disto o tem um significado simbólico muito importante:

O esquadro é um quarto de cruz, justa posta a outros três, formam uma cruz. Jesus na cruz, representa Deus no aspecto material na terra. Esotericamente representa a matéria ou o corpo físico.

O esquadro simboliza a eqüidade, a justiça, a retidão de caráter.
A retidão é a qualidade do que é reto, tanto no sentido físico, quanto no moral ou ético.

Assim, a retidão física evidente no corpo do esquadro corresponde simbolicamente à retidão moral, caracterizada pelas ações que estão de acordo com a lei, com o direito, com o dever, e pela intenção de seguí-los retamente, sem desviar da direção indicada pela eqüidade.

Graças a isso é que o esquadro é a jóia-símbolo do V\ M\ por que um M\, elevado ao cargo de dirigente máximo de uma Loj\, deve manter-se inflexível no cumprimento do seu dever e ter sempre em alta o sentido de eqüidade, ou seja, de igualdade entre todos os seus IIr\, perante a lei e o direito.

Como tiramos a imperfeição da pedra bruta?
Utilizando o maço e o cinzel.

O maço e o cinzel são imprescindíveis para transformar a P\ B\ em P\ C\, que, no entanto sempre estará longe de ser perfeita. O maço é o símbolo da vontade de trabalhar. Esta vontade, guiada pela inteligência, habilita-nos a desejar o bom e o justo, impulsionando-nos à ação. O maço representa a força de vontade necessária para dominar as paixões e submeter à vontade de Deus.

O cinzel representa a inteligência, pois é o cinzel que direciona a força do maço rumo às imperfeições da P\ B\. Só a força não consegue tirar com perfeição os defeitos da mesma. È necessário que o cinzel encaminhe esta força ao ponto exato e arranque, com sua ponta contundente, a imperfeição percebida pelo aprendiz. O cinzel significa o livre arbítrio que é dotado o homem, manifestando-se nele na proporção do seu desenvolvimento espiritual. O homem se comporta de acordo com as concepções formadas em seu coração, e recebe o fruto de seus pensamentos e de suas ações.

Este é o trabalho do aprendiz para transformar de P\ B\ em P\ C\. Estas são suas ferramentas e suas aplicações.





Bibliografia:

- O Aprendiz de Maçom – Assis de Carvalho – Ed. A Trolha
- Curso de Maçonaria Simbólica – Theobaldo Varoli Filho - Gazeta Maçônica
- Cartilha do Aprendiz - José Castelani
- Maçonaria, um Estudo Completo – Júlio Doin Vieira

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